Segundo o executivo e entendedor de engenharia Paulo Twiaschor, os desafios enfrentados em terrenos com limitações geográficas e estruturais têm se tornado cada vez mais frequentes à medida que as cidades continuam a crescer. Com a escassez de espaços planos e a alta demanda por moradias e empreendimentos comerciais, a construção modular surge como uma alternativa eficiente, segura e sustentável para enfrentar essas dificuldades.
A inovação no setor da construção civil não apenas acompanha a evolução urbana, mas se adapta aos obstáculos impostos por terrenos íngremes, de difícil acesso ou com características ambientais restritivas. Dentro desse cenário, a construção modular não só representa uma solução viável, como também ganha destaque por sua agilidade, economia e adaptabilidade.
O que é construção modular e por que ela se destaca em terrenos difíceis?
A construção modular consiste na fabricação de módulos estruturais em ambiente controlado, como fábricas, que posteriormente são transportados e montados no local definitivo. Esse método é especialmente vantajoso em terrenos difíceis, pois reduz significativamente o tempo de execução e os impactos causados no solo.
De acordo com Paulo Twiaschor, essa tecnologia permite que construções sejam realizadas mesmo em locais com acessos limitados, encostas ou áreas com alto risco geotécnico. Como os módulos já chegam prontos, a movimentação de equipamentos pesados no terreno é minimizada, o que contribui para a preservação do espaço e acelera o cronograma da obra.
Como a construção modular favorece o crescimento urbano?
O avanço das cidades demanda soluções construtivas mais rápidas e eficientes. Nesse contexto, a construção modular se posiciona como uma alternativa moderna e alinhada aos princípios da urbanização inteligente. Conforme explica Paulo Twiaschor, a construção modular oferece flexibilidade para adaptações futuras, o que é essencial em áreas urbanas em constante transformação.

Edifícios modulares podem ser ampliados, reduzidos ou reconfigurados com mais facilidade, acompanhando o crescimento demográfico e as mudanças nas necessidades da população. Outro ponto importante é a possibilidade de verticalização em terrenos limitados, permitindo o aproveitamento máximo da área disponível sem comprometer a estabilidade da construção. Isso se traduz em uma ocupação racional e planejada dos espaços urbanos.
Quais os benefícios ambientais e econômicos da construção modular?
A sustentabilidade é uma prioridade em projetos contemporâneos, especialmente em cidades que buscam conciliar crescimento com preservação ambiental. A construção modular contribui significativamente nesse aspecto. Como os módulos são produzidos em ambientes industriais, há um melhor controle de insumos, com reaproveitamento de materiais e geração mínima de resíduos. A eficiência energética também é superior, reduzindo o consumo durante a obra e no uso posterior da edificação.
Do ponto de vista econômico, Paulo Twiaschor ressalta que o modelo modular permite orçamentos mais previsíveis e menores riscos de estouro de custos. O tempo de construção reduzido gera economia com mão de obra, aluguel de equipamentos e encargos operacionais. Ademais, a previsibilidade do processo industrial facilita o planejamento financeiro e reduz a incidência de imprevistos comuns nas obras convencionais.
Em suma, a versatilidade da construção modular permite sua aplicação em uma ampla variedade de terrenos desafiadores. Locais com topografia acidentada, solos instáveis, áreas com limitações ambientais ou urbanísticas, e até regiões afastadas de centros urbanos, se beneficiam do sistema modular. De acordo com o conhecedor de engenharia Paulo Twiaschor, esse modelo é ideal para construções em áreas costeiras, regiões montanhosas e zonas de preservação, onde o impacto ambiental deve ser mínimo.
Portanto, a montagem rápida e a possibilidade de personalização dos módulos tornam esse tipo de construção especialmente adequado para atender às exigências específicas de cada terreno, respeitando legislações locais e assim garantindo segurança e durabilidade.
Autor: Willyam Bouborn Silva